Duas palavras, duas intenções
“Te amo” – cumplicidade e ilusões
“Te” – enredo, desfaço, engano
“Amo” – o jogo, a conquista, o plano
Duas musas, duas doenças
Que me acometem sem ao menos serem minhas
Psicose – O amor como peça de um tabuleiro
Depressão – A realidade como pesadelo, leal companheiro
Duas ausências, duas tristezas
A dor é sempre maior em quem fica
A presença que se foi sem deixar vestígio
A sanidade que se faz necessária para o alívio
Duas vontades, duas sentenças
Impiedosa é a punição para quem ousa amar demais
Paixão e destino – você me dizia
Amor e segurança – você me trazia
Duas existências incompletas, uma alma destroçada
O poeta errante que chora lágrimas de negação
O porto-seguro inseguro de quem perdeu o próprio chão
E de mim não resta nada – apenas dualidade indesejada...
[02/10/2010]
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